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Mostrando postagens de janeiro, 2025

Arte e Terapia: Desenhando Para Reorganizar a Vida.

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Aos sessenta anos de idade, no início de um novo ano, no caso 2025, tento, novamente, entender o que faço da minha vida e para que sirvo neste mundo: quem sou eu? A melhor maneira que encontrei para essa reflexão  foi produzir série de desenhos que representem as atividade às quais idealmente me dedico e que sejam úteis no meu dia a dia. Pensei em quatro imagens bem simples, feitas livremente, representando eu como criador de obras de arte (objetos), eu como cozinheiro (preparando minha própria refeição), eu como faz tudo (pequenos consertos), eu como leitor atencioso. Agora, só falta realizar o que os desenhos determinam...   EM PROCESSO, SEM REVISÃO.

Conto "Carta Aos Hebreus: A Grande Descoberta", de Maurício Menossi Flores. Em Processo Sem Revisão.

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  Carta Aos Hebreus: A Grande Descoberta. (Conto em processo, sem revisão.) O Manuscrito de Alexandria A descoberta que abalaria os alicerces da teologia cristã começou de forma despretensiosa. O doutor Samuel Levi, um respeitado pesquisador de história antiga, estava catalogando documentos antigos na Biblioteca Nacional de Israel, em Jerusalém. Samuel, desde jovem, nutria grande interesse pela interseção entre judaísmo e cristianismo, especialmente após conhecer a afirmação de Chico Xavier, no romance "Paulo e Estevão", de que a Carta aos Hebreus fora realmente escrita por Paulo de Tarso. Esse ponto sempre o intrigara, levando-o a buscar evidências que corroborassem tal afirmação. Entre os rolos de papiro e pergaminhos desgastados pelo tempo, ele encontrou um conjunto de textos cabalísticos atribuídos a um rabino chamado Eleazar ben Shimon, que teria vivido no primeiro século. A princípio, o interesse de Samuel estava na abordagem mística e filosófica do judaísmo antigo. No ...

Conto "As Múltiplas Vidas de Henry Cavendish" e Poema "Na Outra Vida, Fui Henry Cavendish", de Maurício Menossi Flores.

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  As Múltiplas Vidas de Henry Cavendish (Conto em processo, sem revisão.)   Era uma noite silenciosa em um plano entre vidas, onde as almas, como fragmentos de estrelas, aguardavam para reencarnar. Henry Cavendish, o cientista recluso, ainda trazia consigo os ecos de sua última vida na Terra. Ele refletia sobre os números, as leis naturais e a gravidade que um dia havia medido com tanta precisão. “Henry, o que você busca agora? ”, perguntou uma voz suave, mas imponente, que parecia emanar do éter. “Compreender… não apenas o universo físico, mas a alma das coisas”, respondeu ele, com um brilho em seus olhos espirituais. “Quero explorar o invisível que dá vida ao visível. ” Assim, iniciou-se a jornada de Henry por várias vidas, cada uma um capítulo que o levaria de cientista a artista, de analista a criador.   A Vida do Monge Medieval Na primeira vida após ser Henry Cavendish, ele reencarnou como um monge em um mosteiro medieval. Ali, o silêncio não era d...

Monólogo Teatral "A Correção", Em Processo, Sem Revisão. De Alessandro dos Santos e Maurício Menossi Flores.

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  Monólogo Teatral "A Correção". Em Processo, Sem Revisão. De Alessandro dos Santos e Maurício Menossi Flores Cenário: Um palco minimalista. Ao fundo, uma estante de livros com títulos em hebraico e alguns objetos cabalísticos, como uma Menorá e um diagrama da Árvore da Vida. Uma poltrona ao centro, com um abajur ao lado. Um balcão com uma TV e laptop. Uma xícara de café sobre uma mesa. Personagem: Um homem brasileiro, Joaquim, em torno dos 40 anos, veste roupas simples e usa um quipá. (O homem entra, ajusta o quipá e olha para a plateia.) Joaquim (gravando um vídeo no celular): “Shalom Lachem. Olá, amigos! Abençoado seja Deus! Baruch Atá Adonai, bendito és Tu, Senhor. Meu nome é Joaquim, que em hebraico significa ‘O Senhor estabelece’ ou ‘O Senhor levantará’. Minha vida deu uma guinada inesperada. Eu Joaquim, brasileiro, fui criado no meio do sincretismo. Minhas mãos já acenderam velas para santos católicos e para orixás. Mas um teste de DNA.... Ah, quem diria? Descobri min...

Conto "Missa da Redenção", De Maurício Menossi Flores.

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  Missa da Redenção. (Conto em processo, sem revisão.) Naquela tarde de domingo, a Catedral da Sé transbordava com a energia de uma multidão. Fiéis de todas as partes de São Paulo se reuniam em uma missa-manifestação para clamar pela liberdade da cidade, que parecia curvar-se ao jugo do crime organizado. Entre os presentes, estavam Antônio e Miguel, dois amigos de longa data, ambos ciclistas apaixonados pela urbe e por sua efervescência cultural, mas profundamente preocupados com os rumos sombrios que a cidade vinha tomando. A celebração era intensa. A leitura da Carta aos Hebreus de Paulo trouxe à tona uma mensagem de esperança e redenção: “Corramos com perseverança a corrida que nos está proposta, mantendo os olhos fixos em Jesus, o autor e consumador da nossa fé”. O sermão do padre, inflamado e cheio de paixão, convocava a resistência e a união, provocando aplausos e lágrimas na multidão. Ao fim da missa, a dupla montou em suas bicicletas e partiu para casa. Decidiram ev...

"Esse Cachorro É Meu!", Conto de Maurício Menossi Flores.

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  “Esse Cachorro É Meu! ” (Conto em processo, sem revisão.) Era uma tarde tranquila quando Bernardo ouviu a campainha tocar. Ele estava sentado no sofá, acariciando Max, um pequeno cão cinza que sua prima Camila havia encontrado abandonado na rua alguns dias antes. Ela pedira a Bernardo que cuidasse do animal temporariamente enquanto tentava encontrar o dono ou um novo lar para ele. Ao abrir a porta, Bernardo se deparou com um jovem de aparência ansiosa, trajando jeans e uma jaqueta desgastada. “Boa tarde. Meu nome é Felipe, e eu vim buscar meu cachorro. Ouvi dizer que minha Lua está com você. ” Bernardo arqueou as sobrancelhas, surpreso. “Sua Lua? Como ficou sabendo que o cão está aqui? ” “Camila postou em um grupo no Facebook. Alguém me marcou, e eu vim correndo. Eu sou o dono dela, pode me entregar. ” Bernardo olhou para Max, que agora observava a cena com os olhos atentos. Algo na postura do jovem o incomodava. “Olha, eu entendo sua urgência, mas não posso simplesme...

Conto "O Homem do Telhado", De Maurício Menossi Flores.

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  O Homem do Telhado. (Conto em processo, sem revisão.) O telefone tocou com a insistência de quem trazia notícias urgentes. No terceiro toque, Renato atendeu, ainda meio grogue do sono interrompido. Do outro lado da linha, a voz de Vera, nervosa e entrecortada: — Renato! O André... ele... está preso num telhado. Renato franziu a testa, certo de que ainda estava sonhando. — Num telhado? Como assim? É alguma pegadinha? — Não! Ele tentou atravessar os telhados para chegar mais rápido ao clube. Não sei o que passou pela cabeça dele, mas agora está preso. Você precisa vir! Desligou sem dar tempo para mais perguntas. Renato ficou estático por um instante, tentando absorver a situação. André sempre fora excêntrico, mas essa superação da realidade beirava o absurdo. Meia hora depois, Renato chegou ao local indicado por Vera. Uma pequena multidão se formara na rua, olhando para cima. André estava lá, de fato, no alto de um telhado de zinco, segurando uma antena de TV como s...

Conto "Loucura", De Maurício Menossi Flores.

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  Loucura (Conto em processo, sem revisão.)   Era fim de tarde quando Jonas acordou em um lugar que não reconhecia. O ar tinha um cheiro de terra molhada, e o som de risadas distantes e murmúrios o envolvia como um estranho coro. Levantou-se devagar, sentindo a rigidez do corpo, e notou ao seu redor uma vila peculiar: pequenas casas alinhadas de forma irregular, todas pintadas com cal colorida — azul, amarelo, verde e rosa — formando um mosaico vivo e desconexo. “Onde estou? ”, murmurou para si mesmo. A vila parecia encantada, mas algo de inquietante pairava no ar. As janelas das casas estavam abertas, mas ninguém aparecia à vista. Ele seguiu por uma viela estreita, sentindo os olhos o observarem das sombras. Foi então que ele os viu. Pessoas caminhavam lentamente, algumas balbuciando coisas ininteligíveis, outras encarando o vazio com um olhar perdido. Jonas percebeu que não eram habitantes comuns; eram internos de um sanatório, abandonados à sua própria sorte em um e...

Conto "O Novato", De Maurício Menossi Flores.

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  O Novato. (Conto em processo, sem revisão.) Era uma tarde abafada quando Henrique adentrou pela primeira vez o plenário da câmara municipal. Aos 32 anos, havia vencido as eleições com uma campanha baseada na ética, no compromisso com o bem comum e, sobretudo, na esperança de que a política pudesse ser diferente. Vestindo um terno que ainda lhe parecia emprestado, cruzou o salão com um misto de orgulho e nervosismo. Os primeiros minutos foram dedicados a cumprimentos formais. Os vereadores mais antigos, veteranos de longas carreiras, o saudaram com sorrisos que flertavam entre o condescendente e o cínico. Henrique notou a informalidade exagerada com que muitos tratavam o ambiente, como se o salão fosse mais uma extensão de seus escritórios particulares do que o palco de discussões que moldariam a vida da cidade. Logo que a sessão foi aberta, percebeu a dinâmica do jogo. Projetos eram apresentados sem a menor cerimônia. Votações ocorriam à toque de caixa. As discussões se l...