O Caso Dreyfus: Um Conto Espírita. Trabalho Ficcional. Em Processo, Sem Revisão.

O Caso Dreyfus: Um Conto Espírita. Trabalho Ficcional. EM PROCESSO, SEM REVISÃO. Paris, inverno de 1898. A neve silenciosa caía sobre os telhados da cidade, enquanto dentro do apartamento de Émile Zola, o fogo da lareira lançava sombras vacilantes sobre pilhas de papéis e manuscritos. Zola permanecia sentado, olhos fixos nos rascunhos de seu manifesto — J’Accuse! — que poderia abalar os alicerces do poder. As dúvidas o consumiam. O medo da perseguição, da difamação e da violência o fazia questionar se sua voz seria suficiente para fazer justiça. A pressão era sufocante. Naquela manhã, chegou uma carta. Um envelope modesto, com a caligrafia firme e conhecida de Maurice Lachâtre — editor, socialista, e pensador à frente do seu tempo, que também caminhava entre as sombras da luta política e do espiritismo. Zola abriu a carta com uma mistura de curiosidade e cansaço: “Caro Émile, O caminho que você escolheu é árduo, e a escuridão que enfrentamos parece quase intransponível....