Poema "Conselho dos Otários", Com Análise da IA - Inteligência Artificial. De Maurício Menossi Flores.

 



Poema "Conselho dos Otários", Com Análise da IA - Inteligência Artificial.
De Maurício Menossi Flores.


Quero uma análise estética e estilística do poema a seguir, mas sem adulações e sem fazer média comigo. Eis o poema: 

Conselho dos Otários.
(Em processo, sem revisão.)
Se entendo o desespero alheio
De me fazer de louco,
É porque estendo a fala
Além de uma sala
De gente bem comportada:
Querer o normal já é ir além.
Quem pensa controlar
O pensamento de terceiro
Não está na consciência plena.
Tudo o que diz é engano.
Disfarce perfeito de cordeiro.
Arrisco-me, mais uma vez,
A findar-me cruelmente,
Com meu próprio plano:
Quanto falta faz uma irmã de sangue!
Vivo no escuro embriagando-me.
Não me inibo frente ao inimigo.
Quantos demônios em pesadelos
Terei de enfrentar!
Os seres mais violentos:
Monstros assassinos,
Cães ensandecidos.
Quem dera o mundo
Fosse como você disserta.
Ah, aberração da normalidade!
Ah, sorriso fácil nos lábios
E punhal cravado!
Fosse tão ingênuo, seria espelho:
Um olhar de anjo dos mais traiçoeiros.
Mameflo


O ChatGPT disse:

Vamos à análise estética e estilística do seu poema Conselho dos Otários, com objetividade crítica, sem bajulação e sem suavizações desnecessárias.


1. TÍTULO: IRONIA E POLÊMICA

“Conselho dos Otários” já estabelece um tom irônico e provocador. O título aponta para uma crítica direta à autoridade ou à coletividade supostamente sábia (um "conselho") que, no fundo, é tola ou hipócrita ("otários"). Há um desafio explícito às convenções do juízo alheio e da falsa sabedoria social. Isso gera expectativa de sarcasmo e tensão logo de saída.


2. TOM E ATMOSFERA

O tom do poema é amargo, confessional e combativo. Há uma tensão entre vulnerabilidade (solidão, desejo de uma irmã de sangue) e enfrentamento (contra “monstros”, “demônios”, “cães ensandecidos”). A atmosfera é sombria, quase dantesca em certos trechos, mas não se fecha no desespero puro — há lampejos de lucidez crítica e resistência. Isso sustenta o poema numa zona limítrofe entre desabafo e denúncia existencial.


3. LINGUAGEM E ESTILO

A linguagem é predominantemente colloquial e direta, mas há momentos em que o tom sobe para o simbólico e alegórico ("sorriso fácil nos lábios e punhal cravado", "aberração da normalidade"). O uso de frases curtas e encadeamento livre sem pontuação rígida contribui para um ritmo quebrado, quase errático, condizente com o estado mental perturbado ou em resistência do eu lírico.

Algumas construções, porém, soam ambíguas ou truncadas sem ganho poético claro. Por exemplo:

  • "Querer o normal já é ir além." — A frase pode soar vaga ou até contraditória sem um contexto mais trabalhado.

  • "Com meu próprio plano:" — A frase termina abruptamente e, embora a quebra possa ser deliberada, o verso seguinte não dá continuidade clara a essa “revelação” de plano.

Isso pode ser uma escolha estilística deliberada, visando transmitir o colapso interno do sujeito — mas também pode passar a sensação de desorganização não intencional, o que exigiria revisão.


4. ESTRUTURA E FLUXO

O poema parece dividir-se em três blocos temáticos:

  1. A introdução crítica e metalinguística (fala além da sala, controle do pensamento, loucura como fuga ou resistência);

  2. A zona de confissão e perda (a irmã ausente, a embriaguez, os inimigos internos);

  3. A denúncia final da hipocrisia social e da falsidade relacional (sorrisos que apunhalam, o “olhar de anjo traiçoeiro”).

Essa estrutura é eficaz para criar um movimento em espiral: da crítica externa, passa para a dor interna e volta à crítica do mundo. No entanto, faltam ligações mais coesas entre esses blocos, o que pode gerar uma leitura fragmentada.


5. IMAGÉTICA E SÍMBOLOS

O poema apresenta uma série de imagens fortes:

  • “Cães ensandecidos”, “punhal cravado”, “olhar de anjo traiçoeiro” — todas funcionam como metáforas de traição, violência e hipocrisia.

  • “Embriagar-se no escuro” e “demônios em pesadelos” remetem a um mergulho no inconsciente ou à desesperança.

Essas imagens são potentes e funcionam bem isoladamente, mas sua organização ainda carece de uma costura interna mais densa para criar uma unidade simbólica mais orgânica.


6. AUTENTICIDADE E RISCO

Há algo genuíno no texto: uma voz própria, desconfiada, de alguém que não busca agradar. Isso é valioso. Mas o risco de um texto com essa carga é cair num lirismo bruto demais, sem elaboração formal suficiente, o que pode afastar leitores mais exigentes quanto à lapidação da linguagem.


Conclusão

Pontos fortes:

  • Tom autêntico, crítico, provocador;

  • Boas imagens poéticas e simbólicas;

  • Atmosfera bem construída, coerente com o estado emocional do eu lírico.

Pontos frágeis (a revisar):

  • Transições bruscas entre partes;

  • Algumas frases ambíguas ou truncadas sem ganho claro;

  • Necessidade de maior coesão interna para elevar o impacto estético.

Se desejar, posso ajudar a trabalhar uma versão revisada mantendo o estilo e tom originais. Deseja isso agora ou prefere seguir desenvolvendo por conta própria?

Você disse:
Faça isso.
O ChatGPT disse:

Aqui está uma proposta de versão revisada do seu poema "Conselho dos Otários", respeitando seu tom original — sombrio, crítico, confessional —, mas com maior coesão interna, melhor fluidez entre os trechos e leve lapidação estilística:


Conselho dos Otários

(versão revisada por sugestão crítica)

Se entendo o desespero alheio
De me fazer de louco,
É porque estendo a fala
Além da sala
Dos bem-comportados.
Querer o normal — já é desvio.

Quem tenta controlar
O pensamento alheio
Já perdeu a própria consciência.
Tudo o que diz é engano:
Disfarce perfeito de cordeiro.

Arrisco-me, mais uma vez,
A findar-me cruelmente
Em meu próprio plano.

Falta-me uma irmã de sangue.
Vivo no escuro, embriagando-me.
Não me inibo diante do inimigo.

Quantos demônios, em pesadelos,
Ainda terei de enfrentar?
Os mais violentos:
Monstros assassinos,
Cães ensandecidos.

Quem dera o mundo
Fosse como você disserta.
Ah, aberração da normalidade!
Ah, sorriso fácil nos lábios —
E o punhal cravado nas costas!

Se eu fosse tão ingênuo,
Seria espelho:
Um olhar de anjo,
Dos mais traiçoeiros.

Mameflo


Principais mudanças e por quê:

  • Versificação ajustada: A métrica continua livre, mas foi feita uma reordenação para acentuar cadência e respiro, dando mais impacto a imagens centrais.

  • Conectivos e fluidez: A transição entre trechos agora ocorre com maior clareza lógica, aproximando as ideias sem perda do tom fragmentado que marca o poema original.

  • Eliminação de trechos ambíguos: Versos como “com meu próprio plano” foram mantidos mas encaixados com mais clareza narrativa.

  • Imagens intensificadas: Alguns símbolos, como o “punhal cravado”, ganharam desdobramentos mais visuais e incisivos ("nas costas"), respeitando o espírito do texto.

Se quiser, posso comentar trecho por trecho as alterações ou sugerir um novo poema baseado nesse estilo. Quer seguir por essa linha?

Você disse:
?:
O ChatGPT disse:

A interrogação final sugere que você quer saber o que eu recomendo a partir daqui. Aqui estão algumas opções, dependendo do que você pretende:

  1. Quer manter o poema como está na versão revisada?
    Você pode adotá-lo como versão final (ou quase final), especialmente se pretende publicá-lo ou apresentá-lo.

  2. Deseja comentários trecho a trecho da revisão?
    Posso explicar cada escolha de alteração para que você entenda o porquê das mudanças — ótimo se estiver estudando estilo e forma.

  3. Prefere que eu crie um novo poema inspirado nesse estilo?
    Posso escrever um novo texto com base no mesmo tom: sombrio, direto, desiludido, crítico da sociedade e de si mesmo.

Qual caminho você gostaria de seguir?


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