Novos Poemas de "Capitão" (Psicografia de Maurício Menossi Flores). 19/04/2022.

 

Religião

Religião é justificar

O absurdo da Vida.

De Luto vive

A centopeia.

Não, não foi nada disso que pensei,

Antes de querer ser poema sendo.

Artifício do Sol,

Entrecruzamento de energias radiantes,

Mesmo não sabendo o significado da palavra que tudo explica:

Deus.

A Fibra de Cada Erro

Quem está no meu estado:

A fibra de cada erro

Esticada na infame barriga de melancia?

De língua,

Delinger,

Dillinger

Vem a cavalo,

Em trote pesado,

Os cascos quebrados,

De baterem nos pedregulhos.

Ele veio descendo, porque

Está explicado,

Pelo acaso da loucura,

Ser alguém importante. 

Geração Geratriz

Pensou que confessar ser néscio

O faria melhor,

Diante de juízes moles e com caras de padre.

Sei não. Sei não.

Queria dizer o papa-léguas passar raspando

No zumbi delirante sasquatch, pé grande.

Lago Ness.  

Amplidão, sem ajuste na linguagem,

De quem nada precisa entender de tradução.

Produção.

Moderno mundo.

Nova geração.

Alzheimer

A perfeição

Está no texto,

Em Mateus,

E demais evangelistas.

Pontuação, somente,

Quando a página

For relida.

Escrutínio

Grosso,

Firme,

Limítrofe.

O profundo pensador com Alzheimer.

Agradeci Por Tudo

Foi, quando agradeci a Deus por tudo,

Que me senti menos angustiado,

Com o pecado da gula

E parei de pensar em bulas de remédios,

Ainda a serem inventados.

Sabedor, agora, de saber esperar.

O tique-taque abstrair em êxtase.

Hoje

Não vi, hoje,

Ninguém em carne e osso.

Só imagens radiantes e falantes,

em telas de leds.

Amanhã,

Nem isso,

Quem sabe...

Haverá cada vez mais fantasmas

De seres mais distantes.

Lista

Ninguém mais faz lista 

Dos últimos desejos

A realizar,

Em caso de doença terminal.

Pular de paraquedas,

Escalar o Everest, 

Viajar de balão,

Etc.

Modismo romântico.

Bom mesmo, antes de morrer,

É o bom e velho

Reencontrar-se.

Máscara

A armadura

Será tirada

Com a máscara.

Classe de mentecaptos.

Seres mal escritos

E escarrados.

Inimigo

Como imaginar o inimigo?

Dentro de um partido político,

Protegido por bandidos?

Respirando fundo e tomando um trago?

Bem sei dentro da cabeça do oponente morar.

Emergindo, como corpo morto,

De um lago escuro,

Onde a Lua faz clarão.

Deve ser verso roubado

Ou tiro certeiro no espelho,

Estilhaços.

(Capitão, psicografia de Maurício Menossi Flores)

Em processo, sem revisão.