Mais (em processo, sem revisão) Bom mesmo é aniquilar-se Com leve sorriso nos lábios. Nos livros do primário, Aprendi a lidar com os versos Compridos, não comportados, Ultrapassando a linha estipulada. Nada há, além do desejo frustrado. Nada a ser comparado Ao vácuo do encontro não marcado. Estarei, assim, mais estável. Não serei balão ignorado Flutuando no espaço sideral. Quanta tecnologia digital virá A fim de nos deixar mais vazios? Mais tristes, Mais bêbados, Mais e mais? Falta pouco, agora, Para descobrirmos o inevitável. Sinta como o leque se abre E, para quem nada sabe, Tudo é tão conhecido. Melhor seria ser bem velhinho. Esquecer, de vez, a ideia de ser amado Por estranho que passa. Não, mais, apaixonar-se. (Ari, o Homem Pássaro. Psicografia de Maurício Flores)