Poema "Xadrez". Psicografia de Maurício Flores. Ano 2020.


Xadrez 1
(em processo, sem revisão)

Muitos,
Muitos lances adiante,
Vou reproduzindo
O tabuleiro de xadrez.
Nada venço.
Só entendo
O que acontece
Depois do jogo.
Um embalo do coração.
Sentimento perdido
Entre rejeitos.
Solto está o compasso.
O parafuso deu a volta.
E o baralho falou:
"Compreenda".

Xadrez 2

Eu não entendo...
Entro, aqui, sóbrio
E saio bêbado!
Eu não compreendo o mundo...
Não, não tem remédio...
Assisto a um filme no cinema
E saio pensando:
"Quanto desengano!"
Qual é o segredo?
Nesse contentamento
Da caneta
E do papel de seda,
Vou me levando!

Xadrez 3

O espanhol só pensava em si.
Portugal pensava na igreja.
Eu pedi uma música para ir embora.
Não estava na hora...
Quem era?
Quem escutou?
O que uma mão escreveu
A outra completou.

Xadrez 4

É hoje que enlouqueço!
E por nada, aqui, ter preço,
Certo tudo será muito perto.
Louco e Mago...
Morreu queimado!
O que uma mão escreve
A outra reitera.
Não aperto muito a caneta
Porque o papel é de seda...

Xadrez 5

Quanta coisa se perdeu
Somente por se esquecer
O amor...
Ele pensava que era nada,
Mas estava absorto,
No papel de seda e na caneta...
Eu mesmo estava dissolvido
Em álcool...
Com as cartas de Tarô...
Quem manipulava quem?
O Baralho ou o Zé Ninguém?

Xadrez 6

Gosto de me ter por perto!
Quando bebo, por isso,
Sobre a mesa, livros...
Mas a Espanha trago no sangue, mesmo.
O retrato do meu avô no celular.
Um dia com ele parecerei...
No momento de me encontrar.
Dependendo do ângulo,
Ela parece feia
E parece bela.
Na cadeia há um pouco de tudo...
os extrovertidos e os taciturnos.
Não sei como foi
O fim daquele dia...
Quando a outra mão
Completou
O que a esquerda dizia.

Xadrez 7

Agora,
Ela se distraiu
Com a alegria dos outros.
Estava absorto,
Mas estava sempre.
Sempre, no mesmo lugar.
Não estava lá...
Você estava no celular
E era muito perfumada...
Só, senti um pouco.
Nem precisei olhar!

(Ari, o Homem Pássaro. Psicografia de Maurício Flores)


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