Poema "Amor", Com Ilustrações. De Ari, O Homem Pássaro, Psicografado Por Maurício Menossi Flores.

 




Poema “Amor”.

Azeviche ouvi
Nos interstícios das vozes,
Como transcomunicação.
Esperar é dom divino
Daquela que, das altas esferas,
Partiu como estrela
Para o abismo.
Na Terra, não sei quem era.
Fundi-me ao balcão do bar,
Na esperança de me encontrar.
Assim espero!
Um pouco de artifício,
Lógico!
Ouvindo, sem querer,
As alegrias do vizinho.
Rabiscos, pensa a alma, asco.
Tem tanta gente sofrendo,
Está em pauta a falta,
De tudo há muita carência!
O Carnaval
É só a mentira do coração batendo.
Não há rancor.
Por que esquecer?
Reencarnar é tão insano!
Um turbilhão de banhos em ácido
Corrói cada cobre
Em moeda feito,
Roubadas da ponte,
Tendo ao rio atirada a vítima.
Siga! Cada linha escrita
Apaga-se um dia...
Que é da ferida, curou?
Na canela está a marca de uma mágoa...
Descendo do automóvel,
Naquele pilar,
Fora da vista,
Topou.
Estava em ira envolto,
Na praia, em passeio com a namorada.
Um expurgo das más vidas,
Uma simples purificação.
Um perdão,
Uma mínima faísca
Do início do amor.
(Ari, O Homem Pássaro. Psicografia de Maurício Menossi Flores)

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