"Novo Mundo", Conto de Nina Ferraz, Psicografado Por Maurício Menossi Flores.
Novo Mundo
Depois de ouvir a palestra “A Vida Extraterrestre Segundo Kardec e Chico”, de Geraldo Lemos Neto, pela smartTV, cansado da Terra, resolveu isolar-se, o máximo possível, e aprofundar-se no Espiritismo, a fim de obter conhecimentos necessários para colonizar um mundo só para ele.
Construiria nova civilização, de acordo com o nível que chegasse espiritualmente, durante milênios de estudos. Lendo aqueles mestres de cabo a rabo, ficou parecendo com expositor de alto nível, capaz de citar obra e página da fala de determinado personagem.
Sentindo-se preparado, comemoraria tomando umas cervejas.
Merecia.
O grau de pureza de pensamento chegado obrigava-o àquilo.
Visitar os parentes de outros orbes.
Pena estar reduzido a zero financeiramente...
Ficou na intenção.
Era tarde gelada de primavera ensolarada.
Provavelmente, o planeta onde pela primeira vez reencarnou, já nem existia mais!
Que pensamento esse!
Natural para quem, apto a criar nova existência, em qualquer lugar da vastidão do Universo, seguindo o Princípio Vital de tudo organizar, a caminho da luz.
Ouviu batidas de conserto doméstico. Parou para tentar identificar pelo menos o andar de onde vinha o ruído. Parecia vir do terceiro.
Estaria Deus tentando se comunicar com ele, faltando detalhes da nova obra a serem tratados?
Haveria arranha-céus no novo planeta a ser habitado?
Cansara da Terra de fato...
Muita sujeira, muito barulho e muita falta de educação.
Lutou por anos, de conseg em conseg. Mandou e-mails para repartições públicas. Marcou reuniões com autoridades. Chamou a polícia. Partia para cima de gente sinistra. Recebia ameaças. Gente de Capela.
Não querendo mais perder tempo por estar idoso quase, resolvera, então, pela nova humanidade.
Agora, sem dinheiro para uma simples cerveja, estaria tão convicto de querer servir ao Bem Maior, o Bem de Todos?
Quíron era uma realidade, afinal. A Terra regenerar-se-ia.
E Jesus é o Governador! Da nossa esfera e de outras tantas, inclusive, Quíron.
Poderia, ao contrário, ir como missionário a Quíron, onde vivia-se em cavernas.
Que droga!
Quando pensava ter certeza de algo, a dúvida cruel, novamente.
Buscou alguns livros em casa, vendeu no sebo e tomou umas cachaças da boa.
Meio chapado, só não chorou de arrependimento porque os livros vendidos eram repetidos.
Alívio...
(Nina Ferraz, psicografia de Maurício Menossi Flores)
(em processo, sem revisão)
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