"A Morte". Conto de Nina Ferraz, Psicografado Por Maurício Menossi Flores.

 


A Morte.
(em processo, sem revisão)

Estava se tornando um ser pacífico?
Isso o levou a tratar daquela maneira velhos amigos?
Vejo-me me vendo. Demência. O cúmulo da estupidez.
Fosse isso, tornar-se pacifista ao extremo teria ferido algum princípio meu?
Teria sido a falta de sensibilidade para com grave questão de vida?
- E você?
Acordei com a voz da consciência chamando-me.
Viver em um mundo no qual tudo se volta contra mim, devido à loucura.
Muitos loucos expressaram-se em livros e até inspiraram outros tantos.
Primo por saber arrumar encrenca.
Só não digo perder amigos porque há anos não faço um e os antigos eu os afastei de mim. Estou completamente só!
Caretas no YouTube para anônimos fanáticos e viciados.
Pararei. Vou praticar suicídio digital.
É possível.
Para um zé ninguém, talvez.
Horas e horas diante da tela. Milhões!
Energia, tão cara!
Preciso olhar o celular, a fim de acompanhar um aluno no WhatsApp.
Chego a querer justificar o meu mau ato apoiando-me no orgulho de ser professor particular.
Mas minha vileza não pode ser tamanha.
Chove.
Preocupo-me com a minha amada.
Cruzam-se pensamentos.
Estou sempre pensando só em mim.
Isso me deixa preocupado em ser psicopata.
Tenho essa dúvida.
Adotava o comportamento de fixar-me no Bem.
Não adiantou.
Cometi o sacrilégio de querer ser melhor que os demais.
Poderia ter-me afastado em momento de tortura, pelas pesquisas divulgadas hoje de manhã.
Deixaram-me revoltado.
Quis descontar, um erro primário.
Que adiantava treinar luta de faca na academia se, no real, ia para cima do oponente, sendo isso o pior possível a fazer?
Agora é tarde...
Por outro lado, poderia estar chateado pela falta de perspectivas para nós.
Essa nossa relação com a Arte, sonhando com mundo de abundância e conforto, fazendo o que gostamos, em estado de transe, impulsionados pela vaidade exacerbada.
Juro querer ser útil, tão útil como aula de Matemática.
Não incomodarei mais, caso resolvido.
Decidi ler Emmanuel.
Sensação de estar sendo oportunista. Achando graça no meu cinismo.
Esses sentimentos são constantes desde de criança.
Mudei a escala da voz ao saber de companhia. Junto ao interlocutor, do outro lado, no outro celular.
Anteriormente, lembrei-me, disse os estúpidos como eu só terem chance de sobreviverem caso se unam. Contudo, nunca saberão para quê.
Gostaria fosse eterno o vazio, sem nada contar.
Medindo letras, criando palavras e expressões das mesmices do dia-a-dia. Não julgar. Não ser maledicente.
Procurei fazer o mais adequado.
Enfim, fiz.
Na falta do que fazer, fiz estupidez.
Criei o lema:
“Beijo o meu próprio cu e quero aplausos. ”
Baal, Emmanuel?
Baal, Boal...
Paulo Freire.
Deram as explicações deles, de pacifistas.
Eu sou bala perdida.
Sou o medo, sou a Morte em vida.

(Nina Ferraz, psicografia de Maurício Menossi Flores)
 

 


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